O Hospício de Pedro II
26/09/2010 - 11:30
Enviado por: Paulo Pacini
JB
Com o início do século XIX, o tratamento de doentes mentais ingressou em nova fase, seguindo o trabalho desenvolvido por Philippe Pinel no hospital Salpêtrière, em Paris.
Com abordagem mais humana, os grilhões foram retirados e os doentes saíram do confinamento.
A estranheza da razão com relação à loucura continuou, é certo, mas pelo menos com menos violência física.
A nova postura emulou iniciativas semelhantes no mundo todo, e entre nós a primazia coube à Santa Casa de Misericórdia que, através do provedor José Clemente Pereira, propôs a construção do primeiro hospício de alienados do Brasil.
Com o apoio do imperador D. Pedro II, as obras iniciaram em setembro de 1842, ficando pronta a obra dez anos depois.
Hospício de Pedro II na ainda existente Praia da Saudade, há cem anos
O local escolhido ficava na Chácara do Vigário Geral, propriedade da Santa Casa, na Praia Vermelha, à qual foram acrescentados outros terrenos.
O belo prédio, projeto do arquiteto Domingos Monteiro, recebeu em dezembro de 1852 os primeiros pacientes, ficando os homens do lado direito e as mulheres à esquerda.
A rotina dos internos incluía trabalhos manuais, os quais supriam várias necessidades internas da instituição.
O Hospício de Pedro II foi retirado da jurisdição da Santa Casa em 1890, tornando-se "Hospício Nacional de Alienados", entrando em decadência, até ser resgatado por Pedro Calmon que, a partir de 1948, conseguiu incorporá-lo à Universidade do Brasil, hoje UFRJ, salvando-o da destruição certa nas mãos dos eternos oportunistas de ocasião.
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