A Igreja de São Sebastião
12/07/2010 - 10:43
Enviado por: Paulo Pacini
JB
Em 1583, o governador Salvador de Sá ordena o traslado dos restos mortais de seu primo, Estácio de Sá, para a primeira igreja construída, de São Sebastião no Castelo, finalmente inaugurada. O suposto local de descanso eterno do fundador da cidade passava a integrar a vida da pequena comunidade, que ainda lutava pela sobrevivência.
Décadas após, com a ocupação da várzea e o esvaziamento do morro, o templo entrou em dacadência, e surgiram as primeiras tentativas de se transferir a igreja matriz, já em 1659. A Câmara resistiu, e, sendo elevada a cidade à categoria de bispado, a igreja tornou-se a nova Sé. Persistindo a falta de recursos, contudo, a degradação continuou, e em 1733 a Sé finalmente abandonava o Castelo.
Despedida:
a última missa na Igreja de São Sebastião em 1921.
a última missa na Igreja de São Sebastião em 1921.
A velha igreja continuou funcionando precáriamente, até que, em 1842, foi entregue aos frades capuchinhos, que iniciaram sua restauração através de doações e auxílio governamental. A reconstrução aconteceu entre 1861e 63. Em dezembro de 1862, com a presença do Imperador D. Pedro II, o corpo de Estácio de Sá foi exumado, sendo sepultado de novo em uma urna de pau-brasil e chumbo em 20 de janeiro de 1863.
O século XX traria o desaparecimento desta primeira igreja, assim como de todo morro, levando para sempre o berço de nascimento do Rio de Janeiro. A última missa celebrada no Castelo ocorreu em 21 de novembro de 1921, após o que os trabalhos de destruição se aceleraram, legando à história algumas poucas fotos e uma lembrança cada vez mais distante.
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