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sexta-feira, 16 de julho de 2010

LARGO DO BOTICÁRIO: DO LUXO AO LIXO . . . DESÍDIA E INÉPCIA DA PREFEITURA DO RIO !

Fim do glamour




Afundado no abandono e na decadência, Largo do Boticário inspira alerta de leitora

Publicada em 15/07/2010 às 17h38m

O Globo, com informações e fotos da leitora Alda Girdwood



RIO - O local já foi até cenário de filme americano, abrigando as aventuras de James Bond em ' 007 contra o Foguete da Morte'. O conjunto de casas em estilo colonial do Largo do Boticário, no Cosme Velho, já teve seus dias de glória.

Com jardim projetado por Lúcio Costa e Burle Marx, e banhado por um cada vez mais poluído e seco Rio Carioca, o recanto já foi morada de barões, polo cultural e símbolo de elegância, arte e glamour.



Conhecido oficialmente como Largo do Boticário desde 1879, o conjunto de mansões foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1987 e declarado pela prefeitura, em 1986, Área de Proteção do Ambiente Cultural do Cosme Velho.



Onde antes havia belas casas, chão original em estilo pé de moleque, azulejos antigos de grande valor histórico e um jardim de paisagismo premiado, hoje restam apenas fachadas com infiltrações, mato sem cuidado, mau cheiro, painéis quebrados e todas as faces de um cenário de abandono.

Até os azulejos antigos já foram roubados e vendidos clandestinamente .


Triste com a degradação do lugar, que ainda assim continua atraindo turistas, sobretudo estrangeiros, a leitora Alda Girdwood decidiu fazer um apelo para que alguém se ocupe do Largo.



"Temos a impressão de que as casas vão ruir. Os turistas visitam o espaço e saem decepcionados com o péssimo estado das construções", escreveu ela ao Eu-Repórter , a seção de jornalismo participativo do GLOBO.



Leia mais: A leitora Liane Raposo se choca com a má conservação do Largo do Boticário ao levar amigos turistas ao local e lamenta o abandono


Em 1995, para despertar a atenção do público para o Largo do Boticário, os organizadores da Casa Cor escolheram a Casa Rosa, uma das propriedades da família Bittencourt, e o jardim externo para sediar a mostra.

Foi a última vez que os casarões viram alguma reforma efetiva.

Atualmente, algumas casas estão, inclusive, ocupadas ilegalmente por moradores de rua.



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