Vergonha
Leitor lamenta falta de limpeza e manutenção de chafariz da Praça General Osório
Publicada em 14/07/2010 às 19h11m
Texto e foto do leitor Ivan RiberioRibeiro dos Santos
RIO - Ipanema é um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro.
Diariamente, o bairro recebe a visita de dezenas de turistas do mundo todo e é considerado uma área nobre da cidade.
Aos domingos, a tradicional Feira Hippie atrai centenas de pessoas. Entretanto, o mau estado da Praça General Osório é uma vergonha.
O local continua com grandes falhas no calçamento de pedras portuguesas e, o pior, com o chafariz do mestre Valentim completamente abandonado.
O lago está sempre sujo, com a água escura e cheia de lodo.
É essa a imagem do Rio que queremos transmitir para outros estados do Brasil e para outros países?
Uma pena...
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O Chafariz das Saracuras
05/07/2010 - 09:45
Enviado por: Paulo Pacini
JB
Em 1911, com a demolição iminente do Convento da Ajuda, foi revelada ao público uma jóia do período colonial, um chafariz interno, que havia sido protegido dos olhos profanos por mais de um século por força do regime de clausura. Batizado alguns anos antes como Chafariz das Saracuras pelo historiador Vieira Fazenda, era composto por agradável combinação de engenho e estética.
De formato circular, tinha quatro escadas na base, e mais acima uma taça de pedra que recebia a água jorrando dos bicos de quatro saracuras de bronze em um obelisco.
O líquido desaparecia e ressurgia pela boca de quatro tartarugas, que enchiam quatro pias de pedra, utilizadas pelas freiras para lavagem de roupa e outras necessidades cotidianas.
Últimos dias do chafariz no convento em foto de Malta de 1911
O chafariz foi uma dádiva do vice-rei Conde de Rezende às religiosas da Ajuda, e, inaugurado em 1799, prestou serviços até o desaparecimento do convento, sendo então doado à municipalidade, que o colocou na Praça General Osório, em Ipanema, bairro que nascia para o mundo.
Durante alguns anos a obra foi respeitada, mas, longe do abrigo e exposto à sempre atuante legião de vândalos, já na década de 1930 teve uma das saracuras roubadas, sendo as remanescentes retiradas.
Há quase cem anos as águas não correm mais no belo chafariz, vítima de tempos duros, em que monumentos desse tipo pouca chance têm de sobreviver incólumes e em seu esplendor original, excetuando-se aqueles protegidos em parques de acesso controlado e com vigilância permanente.
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