O Colégio do Castelo
10/10/2010 - 07:31
Enviado por: Paulo Pacini
JB
O nascimento do Rio de Janeiro, como é conhecido, deu-se no contexto de acontecimentos dramáticos, pois, diferentemente de outros povoados da costa brasileira, foi preciso expulsar o invasor francês que aqui se encontrava, favorecido pelo abandono dos portugueses.
Após essa fase, com a cidade instalada no Morro do Castelo, grande parte do esforço civilizatório foi realizado pelos jesuítas, pioneiros na implantação de serviços hoje considerados básicos, como saúde e educação, mas que na época não faziam parte das atribuições do estado.
Colégio do Castelo, símbolo da cidade por mais de 350 anos
Dentre suas extensas propriedades constavam várias fazendas, administradas a partir do Colégio, verdadeiro emblema da cidade, com a fronte destacando-se no alto do morro.
As obras correram em ritmo acelerado graças ao braço indígena, e, em 1583, grande parte do prédio, em pedra e cal, já estava concluída.
O material era transportado para o alto graças a engenhoso plano inclinado, que subia a partir da Praia da Misericórdia.
O dispositivo acabou dando nome ao Beco do Guindaste, já desaparecido.
A expulsão da Ordem em 1759 fez com que esse antigo núcleo desaparecesse, sendo o prédio posteriormente ocupado pelo hospital militar e a Escola de Medicina, dentre outros usos.
Sua longa vida, de mais de trezentos anos, seria interrompida em 1922, com a destruição do Castelo.
Fica a imagem como testemunho do esforço e engenho da ordem jesuítica que, questões políticas à parte, colaborou desde a primeira hora na construção deste vasto e rico país.
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