Publicada em 08/12/2010 às 23h40m
Vera Araújo
O GLOBO
RIO - Em meio a casebres na Favela da Fazendinha, em Inhaúma, no Complexo do Alemão, um casarão antigo se destaca.
Para os moradores da comunidade, o imóvel é mal-assombrado.
É chamado de asilo, porque foi usado como abrigo para idosos.
A pedido do GLOBO, o historiador Milton Teixeira pesquisou sobre o imóvel e descobriu que ele foi construído no início do século XX.
A casa é o último resquício do passado no Alemão.
Segundo Teixeira, o casarão é um típico chalé suburbano, provavelmente parte de uma chácara, hoje desmembrada.
Nela, morou a viscondessa de Embaré: Josefina Carvalhais Ferreira, viúva de Antônio Ferreira da Silva, o visconde de Embaré.
Josefina morreu na primeira década do século XX, com cerca de 80 anos.
Ainda em vida, a viscondessa doou os bens da família, em Santos (onde o marido havia nascido) e no Rio, para caridade.
O casarão no Alemão foi transformado em asilo.
Atualmente, no local funciona a Associação Mantenedora Casa Nossa Senhora de Piedade.
O imóvel permanece a maior parte do tempo fechado e por vezes abriga eventos comunitários, como festas juninas.
No jardim maltratado, há uma imagem da santa que dá nome à associação.
Há 31 anos no Alemão, o fotógrafo Manoel Rodrigues de Moura, de 60 anos, diz que os moradores mais antigos juram que a princesa Carlota Joaquina, mulher de dom João, morou na casa.
Milton Teixeira, porém, nega a informação.
Um comentário:
Boa tarde, sou familiar do Dr. Manuel de Jesus Andrade Cancela da Fonseca, o qual tinha um documento que lhe atribuía o titulo de Visconde de Embaré. O que significa esse titulo hoje em dia e qual a organização que o tutela? Obrigado.
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