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domingo, 19 de dezembro de 2010

IGREJA BOM JESUS DO CALVÁRIO


Igreja do Bom Jesus do Calvário e hospital em 1942, prestes a virar história(Foto: Arquivo Central do Iphan - RJ)







19/12/2010 - 09:33 Enviado por: Paulo Pacini

JB


Muitas cidades do sudeste, apesar de sua fundação no século XVI, cresceram lentamente, só desabrochando quando da descoberta do ouro das Minas Gerais, motivo pelo qual grande parte das construções mais antigas data desse período.

O fluxo do ouro provocou um surto de desenvolvimento, passando a sociedade de então a ter acesso a meios materiais que melhor atendessem seus anseios, no contexto da época.

Um dos aspectos mais importantes da vida colonial era a religião, e, com a inesperada riqueza, muitas ermidas se transformaram em igrejas barrocas, autêntico destaque do patrimônio histórico carioca.

Tal ocorreu com um modesto templo, construído no século XVII por José de Sousa Barros, e dedicado ao Senhor Bom Jesus.

Originalmente só com uma porta, janela e altar em um pequeno recinto, situava-se entre duas ruas que se prolongavam a partir do mar, conhecidas por muito tempo como ruas São Pedro e do Sabão (lados direito e esquerdo da av. Pres. Vargas), e fazendo frente com a Rua da Vala (Uruguaiana).


Os trabalhos da nova igreja iniciaram em 1719, mas limitações financeiras postergaram o término da fachada para 1796.

As obras internas e o acabamento ainda se estenderiam por muitos anos, entrando pelo século XIX. Em 1845, a Ordem Terceira do Bom Jesus do Calvário decide construir um hospital ao lado do templo, ficando o belo prédio pronto na década de 1860.

Além disso, foi aberta uma passagem nos fundos do terreno, a Travessa do Bom Jesus, entregue ao público em 1851.

A obra do hospital, apesar de seu valor inequívoco, drenou todos os recursos, não sendo possível a instalação dos serviços, pelo menos nos moldes originais.

Transformou-se em casa de saúde, dirigida pelo dr. João Batista dos Santos a partir de 1867, e durante sua curta existência pôde contar com o auxílio de destacados profissionais, como o oftalmologista Hilário de Gouveia.

Com o fim das atividades, o prédio foi utilizado como casa de hóspedes, para clientela selecionada.

A igreja e seu hospital desapareceriam na abertura da avenida Presidente Vargas, assim como outros marcos históricos importantes, eliminando-se com uma penada o resultado séculos de esforço coletivo, e construindo um grande vazio destinado a jamais resolver problema algum de transporte.

Em centros urbanos com mais de um milhão de habitantes, segundo especialistas, a única solução coerente é o metrô, se o objetivo for preservar a qualidade de vida. É o que mostra o exemplo de várias cidades européias.

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