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terça-feira, 29 de março de 2011

Palácio da Praia Vermelha foi construído, no século XIX, por ordem do imperador Pedro II

O hospício que virou instituição de ensino

Palácio da Praia Vermelha foi construído, no século XIX, por ordem do imperador Pedro II



Publicada em 28/03/2011 às 23h57m

 RIO - O valor histórico do Palácio da Praia Vermelha não se resume a ser um magnífico exemplar do estilo neoclássico e um centro ensino. Ao atingir a maioridade, o imperador Pedro II, em seu primeiro ato como governante, determinou a construção do complexo, com 11 mil metros quadrados de área, para abrigar o Hospício Pedro II. A obra se estendeu entre 1842 e 1852, quando, então, foi inaugurado, na Avenida Pasteur 250, com capacidade para abrigar 300 pacientes com doenças mentais em seus salões de pé direito altíssimo.



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Os primeiros pacientes vieram transferidos da Santa Casa de Misericórdia. Os médicos da Praia Vermelha tinham a incumbência de reabilitar os internos, numa linha de tratamento que incluía terapia ocupacional em oficinas de confecção de calçados, por exemplo.



Por suas enfermarias passaram pacientes ilustres como o compositor Ernesto Nazareth, o teatrólogo Qorpo Santo e o escritor Lima Barreto. Este, de acordo com documentos da instituição, escreveu, em seu caderno de anotações, o comentário que ouvira de outro paciente: "Isto aqui está virando colégio". Parecia um presságio, pois, por excesso de pacientes, o hospício foi desativado em 1944. Pedro Calmon, o primeiro reitor da Universidade do Brasil, impediu que o complexo fosse demolido. Após obras de adaptação, o imóvel se tornou universidade em 1949.



O espaço de ensino também abriu as portas para a música: em 22 de setembro de 1959, a arena da Faculdade Nacional de Arquitetura serviu de palco para uma apresentação do cantor João Gilberto, naquele que foi considerado o primeiro show de Bossa Nova do Brasil. O espetáculo "Noite do amor, o sorriso e a flor" aconteceria na PUC - com a participação ainda de Nara Leão, Os Cariocas, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Tom Jobim e Vinícius de Moraes - mas o reitor da pontifícia, na época, vetara a apresentação, indignado com a presença, de última hora, da atriz Norma Bengell no show. Isso porque ela atuara sem roupa no filme "Os cafajestes".



Durante o regime militar, o palácio foi cercado por soldados de Exército, em 1968, quando estudantes exigiam uma audiência com o reitor Clementino Fraga. O imóvel, tombado pelo Iphan em 1972, abriga, entre outras unidades, a Escola de Comunicação, a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, a Faculdade de Educação, o Fórum de Ciência e Cultura, o Instituto de Economia, o Sistema Integrado de Bibliotecas da UFRJ e a Editora UFRJ.



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