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terça-feira, 3 de maio de 2011

Aloysio Telles de Moraes Netto fala aos Monarquistas Brasileiros !





Esta carta é dirigida a todos os monarquistas e entidades monárquicas brasileiras. mesmo que não recebam ao mesmo tempo, todos os que eu tiver contato receberão tal manifestação.



CARTA ABERTA AOS MONARQUISTAS BRASILEIROS




Hoje, dia 29 de abril de 2011, aconteceu na Inglaterra o casamento do Príncipe Willian de Gales com, Kate Middleton, Duques de Cambridge.







Fato curioso relativo a este enlace, além do fato de serem jovens que publicamente demonstram terem afeto, independente de sua condição real ou não, é o interesse despertado pelo mundo todo, em especial na própria Grã-Bretanha. Segundo o Primeiro-Ministro David Cameron, este casamento “demonstra o que há de melhor da Inglaterra”, e em suas palavras, demonstra o sentido e o grande serviço que a Realeza Britânica presta ao seu povo.







Neste sentido, virão alguns que não estão esclarecidos (ou estão de má-fé) e dirão: “Utilidade? Serviço? Mas estes aí vivem às custas do povo”, e ainda há aquela velha piadinha de que, se você é um chefe que não pode comandar, é a própria “Rainha da Inglaterra”. Tais comentários sempre são ditos, em especial por pessoas que não conhecem o verdadeiro sentido (ou, sem trocadilhos, o “Real sentido”) de um sistema de governo monárquico.







O fato é que, em pleno século XXI, em meio à grande revolução da informação e com toda tecnologia e difusão de idéias que a internet e os demais meios de comunicação de massa permitem, as monarquias do ocidente estão firmes, fortes e saudáveis. Porque será?







Tal ocorre pelo simples fato de que o regime monárquico traz vantagens que o sistema republicano nunca trouxe, em especial para o Brasil. Porém em virtude de uma bem-sucedida campanha secular de aniquilação cultural (não só no plano político, mas em todos os demais), no Brasil ainda existe uma grande cegueira em relação ao regime monárquico, o que não acontece nos outros países de cultura monárquica.







Sim, outros países, pois, ao contrário do que se possa pensar, ao invés do que é pregado pela lavagem cultural massiva a que foi imposta o povo brasileiro, culturalmente ainda somos um império. Mesmo sendo formalmente uma república, o jeito de pensar das pessoas ainda tem um formato monárquico, mesmo que elas não tenham esta noção.







Um regime monárquico não pressupõe o absolutismo, mas sim a continuidade e o profissionalismo nos tratos com a coisa pública. Num regime verdadeiramente republicano, cujo povo naturalmente optou por aceitar tal regime, os representantes do povo se alternam no poder com a anuência deste, salvo raras exceções, como em crises e comoções geradas por guerras, principalmente. Em países como os Estados Unidos, presidentes da república que ocupam seus cargos por um ou dois mandatos no máximo deixam o poder e passam a se dedicar a outras atividades, abrindo espaço para outros.







No Brasil não. De cinco ex-presidentes da República ainda vivos (Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula), três são senadores, Lula acabou de sair do poder (e ainda não pôde disputar eleições, mas já deixou claro que não deixaria a política) e o único que não quis mais se candidatar, preferindo atividades partidárias não eletivas e acadêmicas foi FHC. E dos senhores senadores, Itamar já foi governador de Minas Gerais depois de deixar a presidência, Sarney já ocupa a quarta (!) presidência do Senado Federal e Collor, que foi impedido de governar através de um processo político que o forçou a renunciar, retornou pelos braços do povo ao poder e quase foi eleito Governador de Alagoas, apesar de deixar a presidência de maneira vergonhosa.







Porque isto ocorre? Não se pode mais falar no Brasil de fraude eleitoral, pois temos o sistema eleitoral mais célere e lídimo do Mundo. O responsável por isto é o povo, que prefere ter em seu comando sempre as mesmas pessoas.







Caso o Brasil fosse verdadeiramente republicano, isto não aconteceria, mas como o povo nunca pode decidir verdadeiramente qual sistema de governo preferia, acabou se acomodando em uma situação esquizofrênica, na qual tenta, ainda que inconscientemente, “eleger” um determinado soberano, buscando nisto a figura do Monarca que foi tirada de seus ancestrais. Contudo, ao contrário do que parece, o povo querer pouca mobilidade governamental em si não seria o problema. O que vem a ferir tal circunstância é o fato de aventureiros sem preparo e vendidos politicamente que assumem o poder. Num país como o nosso em que o presidente é visto como grande soberano frente o povo, temos a ferida de que este “Salvador da Pátria” vai querer refazer do zero, em quatro ou oito anos tudo o que foi feito anteriormente, como se só recebesse uma herança maldita a cada novo governo. Ainda que o Brasil esteja, enfim, depois de cem anos de retrocesso republicano, vivendo uma democracia, ainda não é verdade que estejamos de fato caminhando a passos largos rumo à plenitude social e econômica.







Porque tudo isto é dito, e o que tem a ver com o casamento real acontecido na Inglaterra? Tem haver que, apesar de nunca termos sido colônia inglesa, nem falarmos inglês, nem termos uma cultura anglo-saxônica, o casamento da família real inglesa encontra grande repercussão aqui no Brasil, incluindo a venda de réplicas do anel de noivado da Sra. Kate e da transmissão, com grande audiência ao vivo, das imagens geradas direto da Abadia de Westminster. O povo brasileiro, apesar de não ter ciência, deseja, sim, a monarquia como forma de governo, pois crê que a figura do monarca é importante. O povo brasileiro admira as monarquias, mesmo as estrangeiras, e não as rejeita, como ocorre noutros cantos do mundo, como nos Estados Unidos.







A Itália definiu em sua legislação que os herdeiros masculinos de sua Família Real não podem entrar em seu território (a única exceção se deu no funeral de João Paulo II), e tal decreto dura desde 1945. O decreto de banimento da Família Imperial Brasileira caiu com trinta anos, posto que o povo não aceitou tal circunstância.







Se você andar em qualquer cidade brasileira, encontrará ruas, avenidas, praças, bairros e até mesmo cidades com nomes em referência à monarquia, apesar de tanto tempo. Começamos vendo o nome de nossa moeda, o Real (“xará” da moeda corrente na época do império e início da república) batizada em 1994 (escolha, aliás, oriunda de uma sugestão popular). No Rio de Janeiro, de onde escrevo, existem vários exemplos da presença imperial na cultura, em nomes de logradouros públicos e instituições, como Visconde do Pirajá, Visconde de Niterói, Barão do Bom Retiro, Praça (Barão de) Mauá, Realengo (Real Engenho), Rua do Imperador, Rua da Imperatriz, Conde do Agrolongo, (Fazenda Real de) Santa Cruz, (Barão do) Rio Branco, Visconde de Cairu, Duque de Caxias, Vila (Princesa) Isabel, (Colégio) Pedro II, Estação Central Dom Pedro II, (Região da) Leopoldina, etc. Temos até o chamado “Caminho Imperial”, que é o conjunto de ruas e avenidas interligadas em linha reta que eram a antiga Estrada Real de Santa Cruz, ligando o Palácio de São Cristóvão à Fazenda Real de Santa Cruz, observando o detalhe que esta denominação “Caminho Imperial” é recente e teve grande aceitação popular.







O Paço Imperial, local onde se instalou primeiramente a Corte Portuguesa e permaneceu um palácio menor após a independência, na Praça Quinze do Rio de Janeiro até tentou ser convertida em sede dos correios com o golpe republicano, mas voltou a sua denominação original e é uma referência como centro cultural. Aliás, o nome do colégio onde estudei é Grupo Estudantil Princesa Isabel, e não é um colégio antigo e caro, nem aristocrático: é tão somente um colégio particular médio, situado em Bangu, na Zona Oeste da cidade, com menos de trinta anos de existência. O verde e amarelo, cores nacionais, são simplesmente as cores da Família Bragança (verde) e da Família dos Hasburgos (amarelo), sendo a própria bandeira a mesma do império, com exceção das armas heráldicas que foram substituídas pelo círculo celeste (ainda tentou-se imitar a bandeira estadunidense, mas nem o próprio Deodoro agüentou tamanha bajulação e falta de senso). Isto sem falar do município de Petrópolis, até hoje conhecido como “cidade Imperial” e os seus locais, como a Avenida do Imperador, Rua da Imperatriz, Bosque do Imperador, Palácio de Cristal (que foi de cassino a Quartel de Bombeiros, mas retornou ao seu propósito original), Museu Imperial (que chegou a ser escola, mas abriga a memória do período monárquico), Casa de Banho Imperial, etc, etc, etc... Se o Brasil não quisesse extirpar totalmente a idéia da monarquia, com certeza teria já a muito alterado tais nomes e símbolos, como tentaram no início.







O que tem que ocorrer é despertar o povo brasileiro para este fato que se encontra latente, mas oculto, no subconsciente coletivo popular. Demonstrar que as bases para a Restauração Monárquica existem, mas também demonstrar os prós e contras dos regimes republicano e monárquico, e afirmar que este último é o regime natural para o povo brasileiro, que sequer foi personagem de qualquer revolução republicana, mas sim um golpe de estado do qual o próprio Marechal Deodoro veio a se arrepender depois.







A república não foi fruto dos anseios populares. Como já foi aventado aqui, seu maior líder era um monarquista amigo próximo do Imperador (a quem muito prezava), mas que foi levado a erro por meia dúzia de aproveitadores que buscavam um meio de alcançar o poder que o povo não lhe entregava nas urnas. Nas últimas eleições do Parlamento Imperial, nenhum candidato do Partido Republicano conseguiu se eleger, além de militares descontentes pelo fato do Imperador preferir no comando civis, o que é o mais correto.







Para que seja restaurada a monarquia, portanto, devem ser tomadas as seguintes atitudes, que ao meu ver, são:







1. Organizar o Movimento Monárquico Brasileiro sob um comando único, preferencialmente com o Chefe da Casa Imperial à frente, ainda que moralmente e como símbolo da Unidade que queremos para o Brasil;







2. A difusão da monarquia não como uma opção retrógrada, mas sim adaptada às mudanças culturais e especificidades brasileiras, tal como fazem as monarquias modernas (vide a monarquia Inglesa no dia de hoje);







3. Evitar vincular a opção monárquica a saudosismos e opções religiosas, pois se queremos a Unidade, não podemos nos colocar diferentes dos demais. Temos que mostrar a monarquia como algo moderno e aberto a todos, independente do ponto de vista filosófico ou religioso;







4. Apresentar as vantagens de um governo parlamentar, de responsabilidade institucional, onde os administradores públicos deverão atuar como verdadeiros administradores dos interesses públicos, não de interesses próprios ou de grupos econômicos que lhe favoreceram a eleição sob pena de perda de seus cargos (como ocorre até mesmo em empresas privadas), e que a figura do Imperador não é a de um déspota, mas sim de um Guardião da Nação e Supremo Juiz, que só é chamado a agir para manter a Unidade Nacional;







5. Desmentir determinados absurdos, como a improvável volta da escravidão, do unitarismo e fim da federação, da concentração exagerada nas mãos do governo central e o equivocado fim do estado laico;







6. Ocupar os espaços políticos e publicitários na medida do possível, para nos fazermos visíveis. Apesar de equivocado, o sistema atual prevê uma liberdade que em cem anos de república, até 1988, não tínhamos. Podemos abertamente falar de uma restauração monárquica “sem medo de ser feliz”, ou seja, sem sermos perseguidos (pelo menos oficialmente). Ainda que possamos ser encarados de maneira jocosa no início, precisamos mostrar a que viemos, para que aos poucos possamos mudar (ou aclarar) a mentalidade do povo, e fazer acordar o sentimento imperial que se encontra hibernando na cultura popular (pois o que hiberna não está morto, apesar de parecer).







7. Precisamos apresentar a todo povo um projeto não de governo, mas de nação e conjuntura política, onde a federação será mais descentralizada, concentrando mais poder nos governos locais e menos no central, que deverá se encarregar de garantir a união nacional, não sustentar entes políticos que precisam estar o tempo todo com o pires na mão dependendo do fundo de participação dos estados e municípios, incluindo uma verdadeira reforma tributária e financeira que favoreça os entes menores.







8. Deve ser determinada uma reforma tributária que favoreça também a iniciativa privada, pois somente a economia de mercado pode garantir o crescimento de um país, cortando gastos inúteis ao invés de criar mais impostos.







9. Mostrar ao povo, em especial aos mais carentes, que o governo deve ensinar-lhes a pescar, e não dar o peixe. Deixar para a iniciativa da piedade e caridade das pessoas e a ajuda financeira aos necessitados e não incentivar campanhas ridículas de esmolas governamentais oficialmente mantidas com os impostos da iniciativa privada. Colocar nas escolas as crianças sim, mas em escolas públicas e de qualidade que formem técnicos e preparem para o ensino superior aqueles que tiverem aptidão para tais carreiras, e incentivar a criação de empregos para todos viverem às suas próprias custas.







10. Temos que mostrar que o Monarca não é um Deus na Terra, nem é o governante por um “Direito Divino”, mas o é pela Tradição, que é a base da cultura, para garantir estabilidade, seriedade e competência ao governo, que será exercido, sim pelos representantes do povo que souberem bem exercer seus mandatos, sob a vigilância constante Do povo, diretamente e através de seu Chefe Máximo, o Imperador.







Nós monarquistas não somos saudosistas. Não visamos nosso próprio bem-estar individualmente. Desejamos a restauração do sistema de governo que surgiu com a Independência do Brasil, seguindo uma tradição naturalmente aceita pelo povo desde suas raízes em Portugal, e que foi interrompida com este Golpe de Estado que perdura a 122 anos por motivos escusos ou por modernismos efêmeros, como ocorreu com a meia dúzia de republicanos que usurparam o poder e mandaram a Família Imperial para o exílio na calada da noite, pior do que se fossem ladrões, sem sequer deixá-los despedir-se do povo (nem mesmo a histórica fuga da Corte Portuguesa de 1808 foi tão vergonhosa).







O momento é propício, como nunca fora antes, nem mesmo no período do plebiscito forjado. Temos o dever para com a história e para como o Povo Brasileiro mostrar-lhes a verdade, e exercer a democracia (extirpada do Brasil entre 1889 e 1988) a que temos direito.







Havemos de lutar no campo das idéias, para restaurar aquilo que foi tomado do Povo Brasileiro e até hoje é usado por meia dúzia de usurpadores, antes militares sem honra, depois proprietários de terra egoístas, e agora líderes demagogos vendidos aos interesses do capital.







Salve o Brasil. Salve o Imperador de Jure, D. Luís I. Salve o Povo Brasileiro.







Rio de Janeiro, 29 de abril de 2011.







Aloysio Telles de Moraes Netto

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