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sexta-feira, 6 de maio de 2011

A RUA DO PRÍNCIPE

A Rua do Príncipe

05/05/2011 - 17:15
Enviado por: Paulo Pacini
JB


Um dos primeiros bairros fora da região central do Rio de Janeiro, o Catete teve sua ocupação facilitada pela presença de um elemento vital, a água, que corria pelo rio Carioca proveniente da serra do Corcovado.

Ao chegar perto da foz, na praia do Flamengo, bifurcava nas imediações da Praça José de Alencar, seguindo o grosso do caudal para o mar, mas com uma parte desviando em direção à cidade, para desaguar na Glória.

Era conhecido como "braço norte" do Carioca.



O rio, naturalmente, se fez acompanhar por uma via, ancestral da atual rua do Catete, ao longo da qual surgiram várias chácaras, algumas com grande área, com fundos dando para o mar.

A construção do aqueduto da Carioca, no século XVIII, diminuiria considerávelmente a vazão do rio, o que levaria à extinção do braço norte, aterrado a seguir.

A região iria adquirir uma nova feição após esta mudança, criando o espaço que viveria sua fase áurea no século XIX.





Colégio de Meninas da Baronesa de Geslin, na antiga
Rua do Príncipe, hoje Silveira Martins



A carência de moradias súbitamente criada com a vinda da côrte portuguesa, em 1808, fez com que muitos nobres e abastados voltassem sua atenção para o Catete, uma grande e bela região próxima da área central.

Muitas das antigas chácaras mudaram de mãos, sendo com frequência os terrenos desmembrados para a construção de novos imóveis.

O movimento de expansão imobiliária levou à abertura de duas ruas, chamadas Rua Bela do Príncipe e Rua Bela da Princesa, atuais Silveira Martins e Correia Dutra.

Seus nomes eram uma homenagem a D. João VI, ainda príncipe-regente, e sua esposa Carlota Joaquina.



Das muitas construções feitas durante a primeira ocupação da Rua Bela do Príncipe ou Rua do Príncipe simplesmente, todas desapareceram, restando como testemunho apenas os dois leões colocados na entrada do Hotel Novo Mundo, na esquina da Praia do Flamengo.

Eram originalmente quatro, que adornavam os dois portões do Colégio de Meninas da Baronesa de Geslin, situado no antigo número 25.

O colégio ficava originalmente no Largo dos Leões, e foi posteriormente transferido para o novo prédio da Rua do Príncipe.



O único imóvel a permanecer no trecho entre a praia e a rua do Catete é o Palácio, construído em 1866 pelo Barão de Nova Friburgo, e que 30 anos após passaria à propriedade do Governo Federal.

No belo prédio, hoje transformado em museu, aconteceriam alguns dos principais momentos da história republicana do Brasil, tendo o nome Catete se transformado em sinônimo de política.

A rua do Príncipe mudaria em 1917 para Silveira Martins, homenageando o político gaúcho banido após a proclamação da República, e chefe civil na revolta antiflorianista de 1893.



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