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sexta-feira, 6 de abril de 2012

SANTA TERESA: DEPOIS DO BONDE, PERDE OS POSTES HISTÓRICOS, OBSOLETOS SEGUNDO A PREFEITURA !


Santa Teresa perderá antigos postes de iluminação


Rioluz diz que sistema é obsoleto. Associação de moradores é contra substituição


Luminárias da Rua Fonseca Guimarães, em Santa Teresa, são apagadas para o uso de novos postes de iluminação
Foto: Foto do leitor Michel de Sousa Teixeira / Eu-Repórter
Luminárias da Rua Fonseca Guimarães, em Santa Teresa, são apagadas para o uso de novos postes de iluminação Foto do leitor Michel de Sousa Teixeira / Eu-Repórter
RIO - Contra a vontade da associação de moradores, os antigos postes de iluminação de Santa Teresa, marca registrada do bairro carioca, serão trocados por luminárias mais “eficientes e modernas” até o fim de abril, segundo a prefeitura. Desde a primeira semana de fevereiro, 481 postes começaram a dar lugar ao novo mobiliário em 28 vias, além dos morros do Fallet e dos Prazeres.
Na Rua Fonseca Guimarães, os tradicionais postes foram apagados na última segunda-feira (2), apesar de, segundo o leitor Michel de Sousa Teixeira, funcionarem perfeitamente. Eles continuam de pé enquanto a via passa a receber a luz por meio do novo equipamento:
“Isso é um desrespeito à ambiência do bairro. É assim que se apaga a história de uma cidade. Há ainda o risco de as luminárias antigas irem parar em antiquários, como provavelmente aconteceu com os postes de luz da pracinha do Largo das Neves, retirados para manutenção e nunca mais devolvidos. A Rioluz deveria retirar as luminárias novas para preservar o ambiente histórico e cuidar da iluminação de áreas da cidade que realmente necessitem disso”, protestou Teixeira no relato enviado ao Eu-Repórter.
Para Rioluz, sistema de iluminação é obsoleto
A Rioluz diz que “as antigas luminárias apresentam processo de corrosão e não podem ser substituídas porque não são mais fabricadas e não estão disponíveis no mercado. Além disso, apresentam um sistema de iluminação obsoleto, de difícil manutenção e que sofrem danos em épocas de chuva na cidade.” De acordo com o órgão, a troca dos postes “faz parte do Programa Reluz, que conta com o apoio do Governo Federal, e prevê a substituição de 32.480 pontos de luz antigos a mercúrio por novos que utilizam vapor de sódio em toda a cidade” dentro de um investimento de mais de R$ 20 milhões da prefeitura para “modernizar a iluminação em toda a cidade”. O objetivo, afirma a empresa, é “reduzir o impacto ambiental e aumentar a luminosidade nas vias beneficiadas em até 40%.”
Ainda de acordo com a Rioluz, os postes do Largo das Neves “foram abalroados e, com isso, restavam apenas partes dos mesmos nas vias. Por se tratarem de mobiliários antigos, não existem mais no mercado para serem repostos.”
Associação de moradores se opõe à substituição
As luminárias da Fonseca Guimarães datam dos anos 60 e foram instaladas pela Light, informou a Rioluz. A retirada dos oito antigos postes existentes no endereço ainda não foi programada pelo órgão, segundo o qual “o trabalho será definido em parceria com a Associação de Moradores de bairro.” No entanto, a entidade nega de forma veemente tal colaboração e dá outra versão para o contato com a empresa da prefeitura:
- De forma alguma vamos aceitar isso. Em reunião realizada no dia 12 de março, representantes da Rioluz se comprometeram verbalmente com integrantes da associação quanto à manutenção dos postes históricos. Disseram que instalariam os novos como uma medida provisória, sem dar prazo para o reparo dos antigos - diz Abaeté Mesquita, diretor-secretário da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). - No geral, houve melhora na iluminação do bairro, mas sem planejamento. Retiraram luminárias antigas sem consulta ao Patrimônio.
O arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti, especialista em história urbana, corrobora as críticas feitas por Mesquita e pelo leitor Michel Teixeira:
- Falta visão global na administração pública, é uma atitude desconectada. Quando se tem um ambiente urbano, ele é o conjunto: as casas, o bonde, os paralelepípedos, o tamanho da calçada, o mobiliário urbano. Não dá para entender.


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