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sábado, 12 de maio de 2012

BIBLIOTECA NACIONAL: HISTÓRIA SE PERDENDO NO DESCASO DO GOVERNO !


Novo vazamento de água na Biblioteca Nacional atinge setor de manuscritos


órgão agora admite danos que teriam sido causados por último problema no sistema de ar condicionado

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Técnicos da Biblioteca Nacional precisaram colocar jornais do acervo para sacar em varais após último vazamento
Foto: Pablo Jacob (arquivo) / O Globo
Técnicos da Biblioteca Nacional precisaram colocar jornais do acervo para sacar em varais após último vazamento Pablo Jacob (arquivo) / O Globo
RIO - Pela terceira vez em um mês, o sistema de refrigeração da Biblioteca Nacional mostrou os riscos atuais para seu acervo, de cerca de nove milhões de itens. Na quarta-feira, o sistema de ar condicionado de sua sede, no Centro, voltou a apresentar defeito, provocando novo vazamento de água, desta vez no setor de manuscritos. Como ocorreu no horário de expediente, o problema foi rapidamente contornado e as obras não foram atingidas. Mas o incidente fez com que a direção desligasse na sexta-feira o sistema, para que seja feito um laudo técnico. Quem for neste sábado à biblioteca para consultar livro ou jornal está sujeito ao calor da temperatura ambiente.
Novamente, o vazamento não foi informado ao público. Na semana passada, uma falha no ar condicionado já havia provocado inundação em quatro andares do setor de periódicos da sede da biblioteca. Num primeiro momento, o caso foi minimizado, com os responsáveis afirmando que se tratava apenas de “jornais entre 2010 e 2012”. Não era verdade. A água atingiu coleções da primeira metade do século XX, como um exemplar da “Revista Infantil”, publicada em 1939, e volumes encadernados do antigo “Jornal de Notícias”, que circulou no Rio há cerca de cem anos. Um vídeo inédito, feito por uma pessoa que esteve no local na manhã da inundação, mostrou como a água percorrera os corredores e como funcionários trabalharam para tentar evitar estrago maior.
Um relatório está sendo elaborado e deve ser finalizado na próxima semana. A biblioteca informou ontem que foram molhados 2.042 jornais e revistas. Desses, 1.699 já foram devolvidos ao acervo para consulta. O restante ainda está em processo de secagem e higienização, devendo retornar ao acervo na próxima semana. Trinta fascículos de revistas de variedades, publicadas nos últimos dez anos, porém, ainda estão em análise no Centro de Conservação, pois tiveram as páginas coladas pela água. As folhas são separadas por técnicos, mas há o risco de que o dano seja permanente e que precisem ser substituídas.
O problema não era novo. No início de abril, também por defeito do sistema de refrigeração, a hemeroteca (setor onde ficam coleções de jornais, revistas, periódicos e obras em série) do prédio anexo da Biblioteca Nacional, na Praça Mauá, ficou alagada, atingindo mais de 40 coleções, como exemplares do antigo “Deutsche Volksblatt”, periódico editado no Rio Grande do Sul entre 1871 e 1960.
Os constantes vazamentos preocupam funcionários e usuários quanto à conservação do acervo, o maior da América Latina e um dos dez maiores do mundo. Segundo a direção da Biblioteca Nacional, um estudo está sendo feito para que os aparelhos de refrigeração, adquiridos na década de 90, sejam trocados e para que obras estruturais na sede e no anexo. Enquanto isso, são realizados paliativos. A nota divulgada pela instituição sobre o desligamento do ar condicionado diz que o laudo técnico deverá ser entregue até 21 de maio.
Por ora, não ha refrigeração, com exceção dos laboratórios de preservação e digitalização, auditório, salas de exposição e sala cofre. Nas salas de armazenamento de periódicos e de obras gerais, as janelas são abertas durante o dia. Ainda não há prazo para a refrigeração voltar a funcionar.
Esta reportagem foi publicada no vespertino para tablet O Globo a Mais

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