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sábado, 3 de abril de 2010

PREFEITURA DO RIO E IPHAN PRESERVANDO A HISTÓRIA E O PATRIMÔNIO


Patrimônio


Vidros, câmeras e outros equipamentos tentam evitar vandalismo contra monumentos


Publicada em 02/04/2010 às 23h45m


Isabela Bastos, Jacqueline Costa e Taís Mendes

O GLOBO



RIO - Vítima dos mais insanos atos de vandalismo e de furtos constantes, o patrimônio público precisa de cada vez mais proteção.

Monitoramento por câmeras, reforço de vigilantes, grades, telas e, agora, até um paredão de vidro temperado.


Esses são os meios que o poder público encontrou para evitar que monumentos históricos sejam destruídos.


Um dos casos mais recentes é o do Campo de Santana, no Centro, onde a prefeitura começou a instalar 19 câmeras de segurança para esquadrinhar os 150 mil metros quadrados da área verde, como noticiou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO.


A instalação das câmeras, ainda de acordo com a subprefeitura, foi decidida após inúmeros episódios de assaltos dentro do parque, sobretudo na Escola municipal Campos Salles, arrombada diversas vezes somente este ano por bandidos que furtaram material escolar e equipamentos.


As câmeras no Campo de Santana fazem parte do esforço da prefeitura em tornar o Centro mais seguro.


A região deverá ser uma das mais privilegiadas pelo projeto da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) para a instalação de 400 câmeras de segurança em toda a cidade, com recursos do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).


A Seop pretende instalar uma das cinco novas inspetorias da Guarda Municipal na praça em frente à Central do Brasil, próximo ao Campo de Santana.


Já o Chafariz da Glória (uma bica colonial desativada), desde que começou a ser restaurado, em setembro passado, foi alvo de vândalos por três vezes. O ataque mais recente ocorreu na noite de terça-feira, quando os tapumes da obra foram destruídos.


Há cerca de duas semanas, o crime foi pior: o monumento teve partes pintadas por fezes.


Por conta da dificuldade para concluir a restauração e para garantir a preservação do chafariz, de 1772, o superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Fernando Andrade, decidiu proteger o monumento com o paredão de vidro temperado.



Vândalos também roubaram, no último dia 11, quatro pilares das luminárias da murada que cerca os jardins do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista.


Segundo guardas municipais, os ladrões quebraram parte da murada para retirar os postes de ferro.


Os pilares (três inteiros e um quebrado) foram encontrados escondidos sob plásticos e galhos na área do parque.


Tombada pelo Iphan, a murada não é restaurada desde sua construção, em 1912.


Está com rachaduras e vários balaústres quebrados. A FPJ, responsável pela administração da Quinta, elaborou um plano de ações que prevê obras de paisagismo, urbanismo e a restauração de monumentos, pontes e gradis em todo o parque.


A obra, orçada em R$ 17 milhões, ainda não tem data para começar.

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