JB
Maior obra de engenharia do período colonial, o aqueduto da Carioca foi a principal fonte de água potável da cidade por longos anos.
Culminando em seu trecho final com os conhecidos Arcos, nos lembra o esforço de várias gerações e a dedicação de alguns governantes, como Gomes Freire, que reabilitou o sistema durante sua gestão.
Embora sendo o mais famoso de seu gênero, os arcos da Lapa não foram os únicos do Rio, havendo registro de obras deste tipo na Glória, Catete, Gávea, dentre outras.
O mais conhecido, contudo, foi o aqueduto do Catumbi, construído por Luís de Vasconcellos em 1786, que captava a água na "Cova da Onça", onde é hoje a rua Barão de Petrópolis, e a transportava até o chafariz do Lagarto, no Catumbi.
Restos do aqueduto do tempo de D. João VI, oculto no Rio Comprido(Foto: Ronald Murly)
Como a vinda da côrte portuguesa em 1808 aumentou tremendamente a demanda, D. João incumbiu o intendente geral de polícia, Paulo Fernandes Vianna, que melhorasse o abastecimento, e ele o fez construindo o chafariz do Catumbi, perto daquele do Lagarto, e aumentando o volume pela captação das águas do Rio Comprido, originadas na Lagoinha (Santa Teresa) e lançando-as no aqueduto do Catumbi através de obra similar.
O desconhecido aqueduto corria junto à rua Santa Alexandrina, na qual existe ainda um trecho em uma chácara de flores, debaixo da linha de transmissão da Light.
Esta obra, sobrevivente eventual de tempos históricos, é merecedora de cuidados que a preservem e a tornem conhecida, quem sabe virando mais uma atração turística da cidade maravilhosa.
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