Construções do período imperial encontram-se em precário estado de conservação em Vassouras
Publicada em 24/09/2011 às 19h27m
RIO - Município do Centro-Sul fluminense, Vassouras ficou conhecida como a "princesinha do café", no início do século XIX, época do Segundo Reinado. A atividade levou fortunas para a região, mas a principal herança dos barões que ali viveram ameaça desaparecer. Parte do patrimônio histórico da cidade, apesar de tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), está em ruínas ou ameaça desabar.
Casarões e palacetes em estilo neoclássico que datam, em sua maioria da primeira metade do século XIX, encantam quem visita a cidade de 33 mil habitantes. Mas, assim como os pés de café sumiram da paisagem, a mais simbólica das construções já não existe mais. A casa do Barão de Vassouras, que dá nome ao município, resistiu até 2006, quando foi desapropriada e abandonada pela prefeitura.
(Flagrantes do patrimônio em ruínas)
(Guia turístico comenta os problemas de conservação)
O palacete permaneceu fechado e os cupins, que Isabel Braga, técnica do escritório técnico do Iphan em Vassouras, afirma serem uma praga na região, acabaram com grande parte. Depois que o teto ruiu, a chuva terminou de destruir fração preciosa da história. Um imóvel vizinho, usado por catadores de lixo, permanece de portas abertas e dá acesso às ruínas do ca$ão. A equipe do GLOBO não teve dificuldade para chegar ao que restou da casa e registrar a presença ainda de alguns poucos ladrilhos de época que não foram saqueados.
- Infelizmente, por aqui vale o ditado "por fora bela viola, por dentro pão bolorento" - contou Isabel, ao se referir a outras construções do centro histórico da cidade que parecem estar em boas condições quando vistas as fachadas, mas caminham rumo ao mesmo destino do palacete do Barão de Vassouras. - O problema começa quando os imóveis permanecem fechados e sem uso por muito tempo. O primeiro a ruir é o telhado e depois todo o resto.
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