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quinta-feira, 1 de março de 2012

RODRIGO BETHLEM NEGOU CESSÃO DE PRÉDIO AO DMB 1890 - PREFERE DEIXAR DESABAR ! . . .


Marquise do prédio do antigo Automóvel Club ameaça desabar


Prédio está abandonado desde que foi comprado pela prefeitura

Publicado:

RIO - O prédio histórico do Automóvel Club do Brasil, no Centro, erguido em 1860 e tombado desde 1965 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), foi interditado na terça-feira pela Defesa Civil. A marquise, segundo técnicos do órgão, ameaça desabar. Além disso, as esquadrias das janelas também estão a ponto de cair, pondo em risco os pedestres na Rua do Passeio. A Defesa Civil foi acionada após denúncias de que o reboco estava se desprendendo. O imóvel pertence desde 2004 à prefeitura, que o arrematou em leilão realizado pelo falido Automóvel Club para quitar suas dívidas. Desde então, o local está abandonado.
Quando comprou o prédio, a prefeitura anunciou que o espaço ia receber um centro de memória da cidade. No entanto, o projeto nunca saiu do papel. Outras promessas também foram feitas sem serem cumpridas: o prédio já foi cotado para abrigar o Museu da Imagem e do Som — que ainda vai ser inaugurado em Copacabana, no local da antiga boate Help —, uma galeria para o acervo art déco do colecionador português José Berardo, além da Biblioteca Central do Rio e até um clube de jazz.

Reforma custará R$ 24 milhões

As últimas informações, de julho do ano passado, eram de que o imóvel abandonado poderia se tornar a Casa do Samba ou até mesmo uma unidade da Organização das Nações Unidas (ONU).
— Quando viu as exigências todas, a ONU voltou atrás — diz o secretário municipal de Cultura, Emílio Kalil. — Se você quiser ocupar amanhã o Automóvel Club, precisa vir com o projeto e com os recursos.
Segundo ele, o objetivo da prefeitura é encontrar um candidato da iniciativa privada para ser concessionário do imóvel. Kalil acredita que recebeu pelo menos dez projetos desde que assumiu a pasta, no ano passado. O problema é que a empresa terá que bancar toda a reforma do prédio. As últimas estimativas são que as obras custariam cerca de R$ 24 milhões.
Para o subsecretário municipal de Patrimônio Cultural, Washington Fajardo, o mais provável é que se consiga um parceiro da iniciativa privada para abrir um empreendimento comercial.
— Estamos aguardando. Mas, pelas características do Centro do Rio hoje, naquela região, acredito que uma solução seria repassá-lo à iniciativa privada para uso comercial. Será, entretanto, um processo demorado. Para a prefeitura fazer a cessão, há um processo público. É um caso complexo, e não podemos estimar quando será o desfecho. Até porque não depende apenas de nós — disse o subsecretário.
Fajardo afirmou que o casarão é um "paciente na UTI" e que, para tentar salvá-lo, apelou até para Steve Jobs, o fundador da Apple, morto no ano passado.
— Até enviei uma carta a Steve Jobs pedindo a ele que abrisse uma loja da Apple no local. Não deu certo — lamenta Fajardo, que fez um vídeo sobre o interior do prédio, mostrando infiltrações nas paredes, buracos no teto e janelas quebradas.
Arquiteto sugere casa de shows no imóvel
Enquanto nada acontece, o prédio vai sendo depredado pouco a pouco. Dias antes do carnaval, o Inepac, durante uma visita técnica, constatou que a fachada estava em perigo iminente. O órgão solicitou a interdição do prédio à Subsecretaria de Patrimônio. Notificada ontem, a prefeitura prometeu ir hoje ao local para retirar a cobertura de vidro da marquise, que, segundo Fajardo, representa um risco.
Segundo Kalil, a prioridade da prefeitura é restaurar os imóveis que estejam ocupados, como o Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, na Praça Tiradentes. É possível, no entanto, que a interdição do casarão de estilo neoclássico na Rua do Passeio 90 o tenha empurrado para o topo da lista.
— Com essa interdição, quem sabe as coisas podem se acelerar mais — diz o secretário, que não admite o abandono. — Contratamos seguranças para o local e fazemos vistorias periódicas.
O arquiteto e urbanista Carlos Fernando Andrade, integrante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RJ) e ex-superintendente do Iphan no Rio, entende que uma sala de espetáculos cairia bem no antigo prédio, tendo em vista a proximidade com a Sala Cecília Meireles e com o Teatro Municipal.
— Pelo seu formato, pelos espaços internos, o casarão não permite um uso muito diversificado. Acredito na viabilidade de um projeto ligado à música. Se a gente pensar na proximidade com a Sala Cecília Meireles e com o Teatro Municipal, podemos ter ali uma verdadeira cidade da música — diz Carlos Fernando. — Espero, como carioca, arquiteto e apaixonado por música, um desfecho positivo para aquela situação. Há uma gama de possibilidades: cinemas, biblioteca, espaços culturais. O que não dá é para ficar parado.


Um comentário:

Carlos Lima disse...

Esperemos que o desejo do eminente sub-secretário (e de todos nós) quanto ao aproveitamento do espaço, se concretize. Quem perde somos nós,os Cariocas que amam esta cidade e sua história. Que sejam rápidas as autoridades em vislumbrar a solução. Antes que os sem teto ou desocupados ocupem aquele que poderia ser mais um palco da cultura Carioca.