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domingo, 26 de fevereiro de 2012

A reforma do Solar da Marquesa de Santos




Estilo histórico no Solar Marquesa de Santos

Joyce Caetano - O Globo

No ano da Independência do Brasil, 1822, chegava ao Rio Domitila de Castro Canto e Melo, trazida de sua terra natal, São Paulo, pelo grande amor, o imperador dom Pedro I, casado com Leopoldina. 

Ela viveu de 1826 a 1829 num palacete em São Cristóvão, hoje conhecido como Museu do Primeiro Reinado, ou Solar da Marquesa de Santos. 

Quase dois séculos depois, o cenário do romance extraconjugal está em reforma para abrigar em dois anos o primeiro Museu da Moda do Rio de Janeiro.

— Entendemos o lugar como um plataforma de ideias para pensar o assunto como cultura no século XXI. O tempo da moda é algo que funciona de uma maneira muito inclusiva. Não há problema em ter uma roupa do século XIX ao mesmo tempo que uma calça jeans. 

Acredito que a moda tem essa interlocução de juntar tempos e construir diálogos com ele. Aqui vamos poder fazer isso de uma forma espacial. Vai haver muita menção à história da casa, que teve um papel importante na História da cidade em vários momentos — diz Luiza Marcier, diretora do solar.

Um futuro para o passado no Bairro Imperial

Quem passa pela Avenida Dom Pedro II, em São Cristóvão, não imagina o tesouro que o lugar guarda. São marcas do passado redescobertas pelos restauradores, que trazem para o presente histórias para abrir novos horizontes, principalmente os da moda.

A reforma do Solar da Marquesa de Santos — instalado no Palacete do Caminho Novo — tem financiamento de R$ 4,2 milhões do Fundo Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Devido à degradação do prédio, as primeiras intervenções serão emergenciais, combatendo infiltrações.

Essa primeira fase pode levar até oito meses, de acordo com o BNDES. Mais tarde, o prédio do século XIX, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passará pela recuperação do seu acervo artístico.

No Salão Flora — onde se acredita ter sido o salão de apoio do quarto da Marquesa de Santos —, restauradores trazidos de Portugal pelo Instituto Espírito Santo, responsável pelo restauro, encontraram vestígios de ouro no teto. A descoberta não foi a única.

— Achei uma espécie de marmorizado, que seria uma escaiola, imitação de mármore de pedra, que se usava desde o Império Romano. É sempre uma grande surpresa. E emocionante cada vez que você acha um desenho, quase um trabalho de arqueologia — afirma Danuza Vieira, restauradora da Concrejato (responsável pela recuperação estrutural do prédio).

Um dos objetivos do projeto, da Secretaria estadual de Cultura, é acolher no local o segmento têxtil de São Cristóvão, além de colaborar para a revitalização local. O Bairro Imperial concentra parte da indústria de confecção da cidade.

— Além de termos um acervo têxtil e bibliográfico da moda brasileira, queremos abrigar a sede do Polo de Moda de São Cristóvão. Chegamos a conversar sobre o projeto com Oskar Metsavaht, diretor de estilo e criação da marca Osklen, que tem fábrica em São Cristóvão. Até o fim do ano, teremos o cronograma e os estudos de viabilidade do projeto — afirma a secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes.


Um comentário:

Elvira Maria disse...

Em minha opinião,um "museu da moda" deveria funcionar em qualquer local que não o "SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS".Por mais explicações que se dêem,não COMBINA essa idéia de mostrar a moda,através do tempo justamente ali,naquele casarão espetacular que deveria sim,ser restaurado para preservar,dignamente,a memória histórica daquela época.Que pena,ali poderia abrigar um acervo voltado para o primeiro reinado,contando tambem a história de Domitila e de outros moradores ilustres,com exposições,saraus,enfim,tudo que pudesse recriar aquela época,tão decisiva pra nós,brasileiros.Só espero que não descaracterizem o palacete...