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sábado, 7 de julho de 2012

BOTAFOGO E LEBLON JÁ ERAM OCUPADOS DESDE 1809


Mapa comprova que o bairro do Leblon é mais antigo


Documento encontrado em arquivo do Exército mostra que bairro já era povoado em 1809

Publicado:


Especialistas trabalham em um sítio arqueológico no Leblon
Foto: Ana Branco/29-5-2012 / O Globo

Especialistas trabalham em um sítio arqueológico no Leblon Ana Branco/29-5-2012 / O Globo
RIO - Charmoso, aconchegante e famoso. Quem passa pelo Leblon todos os dias não imagina que um dos bairros mais jovens da cidade é na verdade um senhor de idade avançada. A arqueóloga Jackeline de Macedo, que estava trabalhando num sítio arqueológico da região, descobriu no Arquivo Histórico do Exército um mapa de 1809 que mostra os possíveis donos das terras da região, como noticiou a coluna Gente Boa, do GLOBO.
O mapa teria sido feito a pedido de dom João VI, que precisava saber quem eram os donos das terras da então Fazenda Nacional da Lagoa — que englobava os bairros de Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, Lagoa, Ipanema e Leblon — para poder desapropriá-las e construir uma fábrica de pólvora. Os achados no sítio arqueológico, no entanto, mostram que a região já era habitada muito tempo antes.
— As peças encontradas na escavação datam dos séculos XVI e XVII. Esse mapa comprova que havia algumas chácaras e até engenhos aqui. O que muda tudo (que se sabia sobre o bairro) — disse Jackeline.
Segundo o historiador e arquiteto Nireu Cavalcanti, há relatos de que na região existiam, no século XVII, engenhos e sítios usados por famílias no período de férias.
— Naquela época, era muito comum as famílias ricas terem casas na cidade e sítios mais afastados. Leblon e toda aquela região eram o que hoje é Petrópolis para os cariocas: um lugar para o lazer — disse o historiador.
— O resto de construção que achamos mostra que ali existia um imóvel de grandes estruturas, possivelmente uma casa de engenho. Objetos encontrados no local, feitos de ossos, indicam que ali viviam pessoas mais humildes — contou a arqueóloga Ana Cristina Sampaio, que também trabalhou no sítio.
Arqueólogas : bairro tinha moradores pobres
Alguns estudiosos discordam quanto ao perfil dos moradores do Leblon do século XVII, afirmando que a região era habitada por pessoas de posses. As arqueólogas, no entanto, dizem haver indícios do contrário.
— O Leblon era um ilha prensada entre a Lagoa e dois canais que desembocam no mar. Era ruim morar ali, as pessoas ricas viviam no Centro. Aqueles terrenos sobraram para os mais pobres — afirmou Jackeline.
Cavalcanti discorda dessa opinião e diz que o bairro sempre foi ocupado por famílias de melhor situação financeira:
— Os utensílios achados podem ter sido usados por pessoas mais humildes, sim, mas isso não significa que ali era lugar de gente pobre. Esses achados podem ter pertencido a escravos ou pescadores.
Segundo ele, toda aquela área da orla pertencia à Marinha, que, por questões de segurança, não loteava as terras (a grande ameaça da época eram as invasões marítimas estrangeiras). Por isso, apenas os pescadores podiam construir casas pequenas perto do mar.
O bairro ficou conhecido como Leblon por causa de um comerciante francês chamado Charles, conhecido Le Blond (o louro). Ele era dono de uma chácara na região e, em 1845, criou uma empresa que explorava a pesca de baleia. Na época, o óleo extraído do mamífero era utilizado no sistema de iluminação pública e na construção civil.



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