Enviado por Fernanda Dutra - 26.08.2010
14h25m
Parque da Cidade tenta recuperar popularidade com reforma no museu
Os quatro funcionários do Museu da Cidade, que fica no parque de mesmo nome, na Gávea, comemoraram uma notícia que passou quase despercebida na semana passada. O museu, fechado desde janeiro do ano passado, recebeu R$ 4 milhões para reformas. A última obra no casarão, que já foi sede de fazenda de café e casa de campo do Marquês de São Vicente, ocorreu em 1995.
O diretor do museu, Everardo Miranda, diz que não esperava receber a verba:
— Abriríamos em setembro em mínimas condições. Agora, teremos uma grande obra, que deve durar um ano.
Miranda afirma que a ação mais trabalhosa será recuperar um casarão anexo ao principal, que servia de casa de banho.
— Esse prédio nunca foi reformado. Ele tem três andares: no primeiro, haverá salas para museólogos e acervo; no segundo, café e galerias de arte; e, no terceiro, salas de projeção — conta Miranda.
A programação do casarão principal continuará focada na História da cidade, mas o anexo será voltado à arte contemporânea.
— A Gávea tem um circuito importante de galerias de arte. Queremos trazer esse público até aqui — diz ele.
O diretor do museu reconhece, no entanto, que o mais complicado é recuperar a movimentação no parque:
— O lugar está lindo, mas as pessoas ainda se sentem inseguras de vir aqui.
O assassinato de uma remadora do Flamengo, em 2008, tornou-se emblemático para quem frequentava o parque.
Andréa Pavão, presidente da Associação de Moradores da Gávea, acrescenta que as comunidades — um dos acessos à Rocinha fica ao lado da entrada do parque, que também tem uma favela dentro — afastam frequentadores:
— As pessoas relacionam pobreza à violência. Ninguém deixou de ir ao Horto quando houve assassinato lá.
Um comentário:
A casa de campo do tataravô do meu pai foi reformada e não restaurada? Provavelmente é um patrimônio histórico e patrimônios não são reformados e sim restaurados...Não tem conselho dos patrimônios históricos no Rio que impede essas violações dos prédios históricos??? Meu nome Ana Maria Pimenta Bueno, filha de Sebastião Pimenta Bueno Netto, tataraneto do Marques de São Vicente...sendo da 5ª geração da família Pimenta Bueno repudio que esse patrimônio tenha sido reformado e não restaurado nas suas características originais.
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