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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A morte de Dom Pedro II em Paris, em 5 de dezembro de 1891.




A morte de Dom Pedro II em Paris, em 5 de dezembro de 1891.

JB SIQUEIRA NETO

- Na manhã do dia 6 de dezembro, mais de 2.000 telegramas de pêsames já havia chegado ao Hotel Bedford, em Paris, onde morava o Imperador.

- No Rio de Janeiro, após ter sido noticiada a morte do Imperador, os jornais da Rua do Ouvidor e as casas comerciais haviam hasteado a bandeira a meio pau, o que provocou conflitos com a polícia, que queria obrigar a retirada das bandeiras daquela posição. O povo manifestou-se solidário com as homenagens ao Imperador.

- Enquanto o governo francês queria prestar homenagens imperiais ao Imperador, a representação diplomática do Brasil, na França, tentava convencer o governo francês a não fazer isso, pois poderia ferir suscetibilidades dos governantes republicanos brasileiros.

- Embora republicano, o governo francês tinha a maior consideração pelo Imperador do Brasil porque ele fora o primeiro Chefe de Estado a prestigiar a França, visitando-a oficialmente, após a derrota para a Prússia em 1870.

- O féretro ocorreu no dia 9 de dezembro. Apesar da chuva e do frio, mais de 5.000 pessoas acompanharam o féretro.

- Na missa fúnebre, uma das coroas de flores trazia inscrição em português: "Voluntário da Pátria do Rio de Janeiro. Ao grande Imperador por quem se bateram Caxias, Osório, Andrade Neves e outros heróis".

- A formação militar francesa, toda em uniforme de gala, que prestou honras ao Imperador foi composta por 80.000 homens. Os cavalos, os tambores das bandas de música e as bandeiras traziam ornamentos negros de luto.

- A Associação Comercial do Rio de Janeiro, os advogados do Rio de Janeiro e o Jornal do Commércio enviaram representantes aos funerais.

- Compareceram à missa pelo Imperador, representantes de todos os países europeus e do governo francês.

- Mais de 200.000 pessoas acompanharam, das calçadas e das janelas, a passagem do féretro.



Fonte: Pedro II e o Século XIX – Lídia Besouchet – Ed. Nova Fronteira



Um comentário:

JG Fajardo - Pintor hiper realista disse...

É vergonhoso o tratamento dado ao Imperador e sua família no Brasil com o "advento" da república. O desprezo, o desrespeito, a desonra de parte do governo brasileiro republicano para com o significado deste Altivo Brasileiro no evento de sua morte é algo assustadoramente triste e primitivo.