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quinta-feira, 15 de março de 2012

COCHEIRAS IMPERIAIS, INUNDADAS PELA ÁGUA POTÁVEL DA CEDAE . . . FALTA OU DESPERDIÇA !


Vazamento de água tratada inunda há um mês cocheiras históricas em São Cristóvão


Em 27 dias, o desperdício chega à conta de 4,5 milhões de litros

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Uma cratera com cerca de dez metros de profundidade cria um piscinão no Centro Hípico do Exército, por onde passa, há 27 dias, um rio de água tratada da Cedae
Foto: Marcelo Piu / O Globo
Uma cratera com cerca de dez metros de profundidade cria um piscinão no Centro Hípico do Exército, por onde passa, há 27 dias, um rio de água tratada da Cedae Marcelo Piu / O Globo
RIO - As cocheiras imperiais, que fizeram parte da Quinta da Boa Vista no passado, agora têm sua permanência em São Cristóvão duplamente ameaçada. Além da possibilidade de despejo pela prefeitura, que pretende construir um estacionamento onde hoje fica o Centro Hípico do Exército, um vazamento da Cedae alagou parte do terreno e já começa a abalar a estrutura das cavalariças. O problema na tubulação, que abastece a Zona Norte, o Centro e um trecho da Zona Sul e passa por baixo do Centro Hípico, se arrasta desde 17 de fevereiro, a sexta-feira anterior ao carnaval, quando a água começou a minar e a se espalhar por todo o espaço.
Considerando que o problema vem provocando o despejo de dois litros por segundo, como afirma a Cedae, em 27 dias o desperdício chega à surpreendente conta de 4,5 milhões de litros de água tratada. O volume daria para encher quase duas piscinas olímpicas. A mesma quantidade também seria suficiente para o consumo de cerca de cinco mil famílias (de quatro pessoas) num dia, levando-se em conta que uma pessoa consome diariamente, em média, 200 litros de água.
No dia 19 de fevereiro, domingo de carnaval, equipes da Cedae estiveram no local e, com o apoio de máquinas, abriram buracos para verificar a origem do vazamento e para ajudar no escoamento da água. A companhia não voltou mais ao Centro Hípico, na Rua Bartolomeu de Gusmão, e o resultado é um terreno de cerca de 400 metros quadrados todo revirado, com uma grande cratera de oito a dez metros de profundidade e dois metros de largura cheia de água, parte jogada no meio da rua por um canal improvisado. Esta área era usada pelos militares como campo de futebol e de obstáculos para os cavalos.

Cedae aguarda temperatura baixar

O presidente da Cedae, Wagner Victer, garante que o vazamento está sendo monitorado pela empresa, mas não dá uma data para o conserto da tubulação, uma subadutora com um metro de diâmetro (no trecho do centro hípico) por onde passam 1.800 litros por segundo. O desperdício, explica a companhia, é provocado por uma pequena fissura na rede ligada à adutora responsável por levar água a cerca de um milhão de pessoas no Rio.
— O vazamento é ínfimo, representa menos de 1% da água que passa ali, mas parece muito grande porque fica confinado no local. Estamos esperando a temperatura cair para fazer a intervenção. Porque você tem que cortar a água de parte da Zona Norte, do Centro e da Zona Sul e de toda a Grande Tijuca. Para não ter impacto, o melhor é esperar — afirma o presidente da Cedae, explicando que a queda de temperatura é acompanhada por uma diminuição no consumo.
O trabalho de reparo, segundo Victer, levará menos de oito horas. Ele diz que se realizado num dia de tempo ameno, o impacto será menor, sendo possível transferir água de outros locais para abastecer as regiões atendidas pela adutora.
A trégua no calor, condição para que o conserto seja feito, ainda pode demorar. Ontem, por exemplo, a cidade teve uma das dez tardes mais quentes do ano, registrando 38,5 graus em Santa Cruz, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Nas ruas, alguns termômetros digitais chegaram a marcar 43 graus, valor que não é oficial. O Instituto Climatempo prevê para hoje máxima de 39 graus.
O cenário desolador também se repete nas cocheiras: das 50 baias existentes, pelo menos quatro já foram interditadas, sendo que uma começou a afundar. A vala aberta pelas máquinas da Cedae também pressiona o muro da maior cocheira do Centro Hípico, conjunto que completou cem anos em 2011 e abriga 43 cavalos. Para piorar, a água que jorra do solo das cavalariças já forma um rio. O mesmo acontece na pista de equitação, onde a água corre 24 horas por dia, obrigando o Exército a inutilizar parte da área.
Apesar da dimensão tomada pelo vazamento, que faz brotar água por toda parte, militares responsáveis pelo Centro Hípico se viram mergulhados na burocracia da Cedae. De acordo com a veterinária e tenente da reserva Ana Stela Fonseca, que trabalha no local, foram feitas várias reclamações, que geraram pelo menos sete protocolos. Até ontem, 26 dias depois, nenhuma nova providência havia sido tomada pela companhia. Além de prejudicar as instalações históricas, militares temem que a água empoçada se transforme num foco de mosquito da dengue.
— Na sexta de carnaval, todo o Centro Hípico ficou debaixo d´água, com água até a canela. A Cedae veio aqui e abriu uns buracos, mas os cavalos não podem mais usar o terreno (o de 400 metros quadrados, ao lado da sede do Centro Hípico) nem ficar nas baias interditadas — conta Ana Stela, revelando que os militares fizeram um mutirão para limpar a rede pluvial, que pode não suportar a vazão caso chova mais forte na cidade.
A Secretaria municipal de Obras afirma que ainda não há um projeto pronto para o estacionamento, cuja ideia poderá sair do papel para a Copa de 2014 ou para as Olimpíadas de 2016. Também estão previstas instalações de apoio ao Maracanã na mesma área. A prefeitura estuda o melhor modelo para obter a propriedade — se por meio de desapropriação, compra ou doação. O Comando Militar do Leste (CML) informou, em nota, que o endereço faz parte dos imóveis que estão nas negociações da 1 Região Militar com a prefeitura e governo do estado para integrar as ampliações do complexo do Maracanã.


Um comentário:

Anônimo disse...

o centro hipico do exercito faz parte da historia da cavalaria no rio de janeiro ja deveria ha muito ser tombado pelo patrimonio, è com tristeza que recebi esta noticia pois parte da minha juventude passei ali na epoca do saudoso cap. luis felipe dick.