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quinta-feira, 8 de março de 2012

NOSSA HISTÓRIA E A FALTA DE MEMÓRIA DO BRASILEIRO ! . . .


Falta mulher (de bronze) no Rio


Das 230 estátuas cariocas, apenas 13 representam personalidades femininas

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Estátua da Princesa Isabel, na avenida com o mesmo nome, em Copacabana
Foto: Marcelo Piu / O Globo
Estátua da Princesa Isabel, na avenida com o mesmo nome, em Copacabana Marcelo Piu / O Globo
RIO - Enquanto existem 217 bustos ou estátuas de homens célebres espalhados pela cidade, apenas 13 mulheres têm o mesmo tipo de homenagem. Os números, levantados pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, ajudam a materializar uma história tradicional, essencialmente feita por e para homens, como observa a historiadora Maria Paula Araújo, da UFRJ.
— Nos últimos 20 anos, a historiografia tem dado maior espaço para o papel da mulher, mas isso ainda não se refletiu nos monumentos históricos. Há sempre um intervalo entre a mudança de padrões e comportamentos e a manifestação pública oficial — comenta a historiadora.
Segundo o secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, a meta é que as mulheres tenham tanto destaque na paisagem do Rio quanto têm, hoje, na vida política e social.
— Apesar de já esperar que houvesse um número maior de monumentos masculinos, fiquei espantado com esse desbalanço tão grande. O Rio é a cidade do Brasil com maior acervo de arte exposto em espaço público, um dos maiores da América Latina. No entanto, esse acervo conta com pouquíssimas esculturas de mulheres de renome. Vamos trabalhar para corrigir isso — afirma Osório.
A Secretaria de Conservação e a Secretaria de Patrimônio Cultural lançarão um concurso, aberto à votação popular pela internet, para escolher a próxima personalidade feminina homenageada com um busto ou estátua. Washington Fajardo, presidente da Comissão de Paisagem Urbana — órgão que dá o aval para a construção de monumentos —, conta que serão convidadas uma curadora e uma artista, ambas mulheres, para executar a obra mais votada.
— Estamos correndo para conseguir lançar o concurso ainda este mês, e, junto com ele, lançar o novo formato da Comissão de Paisagem Urbana, que tem a missão de criar mais iniciativas como esta — diz Fajardo.
Ao longo deste mês, a prefeitura vai restaurar os 13 monumentos femininos da cidade. A ação começa hoje, no Dia Internacional da Mulher, com a limpeza da estátua de Ana Néri, na Praça da Cruz Vermelha.
— A estátua de Ana Néri é bem antiga e quase não é percebida, embora esteja numa área de grande circulação. Muitas pessoas sequer sabem quem foi esta mulher tão importante para a nossa história — diz Vera Dias, arquiteta que, há 15 anos, é responsável pela manutenção dos monumentos e chafarizes da cidade.
Vera ressalta que há bastante estátuas de figuras femininas nas ruas do Rio, mas é preciso aumentar o número das que representam mulheres célebres. A última que se encaixa neste perfil foi erguida em 2008, na Praça Itália, no Centro. É da Imperatriz Tereza Cristina, esposa de Dom Pedro II.

Quem foram essas mulheres?

- Chiquinha Gonzaga (Passeio Público, no Centro)
Primeira instrumentista de renome no Brasil, ela introduziu a música popular nos salões elegantes. Participou do movimento pela abolição da escravatura e é autora da primeira canção carnavalesca, "Ó Abre Alas".
- Ana Néri (Praça Da Cruz Vermelha, no Centro)
Nascida em 1814, ela foi a primeira enfermeira brasileira. Ana trabalhou como voluntária na Guerra do Paraguai.
- Carmen Gomes (Praça Paris, na Glória)
Cantora lírica, fez sucesso nos anos 1930 com repertório italiano. Fez parte da embaixada artística que acompanhou Getúlio Vargas à Argentina
- Vera Janacopoulos (Praça Paris, na Glória)
Cantora lírica, natural de Petrópolis. Após sua morte, em 1956, foi fundado no Rio o Círculo de Artes Vera Janacopoulos.
- Carmem Miranda (Praça Carmem Miranda, na Ilha Do Governador)
Nascida em Portugal, a "pequena notável" foi grande representante da música brasileira no exterior. Participou de nove filmes e 154 discos.
- Clarisse Lage Índio Do Brasil (Largo dos Leões, no Humaitá)
Carioca, foi baleada em 1919 por um desconhecido na rua, o que ajudou a aumentar a fiscalização sobre venda e porte de armas.
- Imperatriz Leopoldina (Quinta Da Boa Vista)
Primeira imperatriz do Brasil, esposa de Dom Pedro I.
- Maria Augusta (Avenida Pepe Lopes, na Barra Da Tijuca)
Construiu o primeiro quiosque da praia da Barra. Os dados de sua biografia são escassos.
- Zuzu Angel (Estrada Lagoa-Barra, em São Conrado)
Estilista, ela inovou ao fazer alta costura com rendas cearenses e estampas de chita. Zuzu conquistou as vitrines internacionais nos anos 60. Ela é mãe do desaparecido político Stuart Angel.
- Sarah Kubitschek (Praça Sarah Kubitschek, em Copacabana)
Ex-primeira dama do Brasil, esposa de Juscelino Kubitschek
- Princesa Isabel (Av. Princesa Isabel, em Copacabana)
Assinou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil. Foi a última princesa do Império.
- Ana Carolina Da Costa Lino (Laranjeiras)
Estudante de 18 anos assassinada na saída do Túnel Santa Barbara, em 1998.
- Imperatriz Tereza Cristina (Praça Itália, no Centro)
Última imperatriz do Império, esposa de Dom Pedro II. Estudiosa da cultura clássica, ela trouxe vários artistas e professores europeus para o Brasil.


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