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sábado, 18 de maio de 2013

A Grande Estátua


Quarta, 03 Abril 2013 09:17

A Grande Estátua

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A Praça Tiradentes, um dos pontos mais conhecidos do centro do Rio de Janeiro, compunha-se inicialmente de um terreno pantanoso, que custou a ser drenado e ocupado. A região, com baixa elevação, recebia as águas do Morro de Santo Antônio, e aproximadamente onde é o Largo de São Francisco havia uma grande lagoa, chamada de Lagoa da Pavuna. Durante muito tempo, o único caminho que ali chegava seguia pela encosta do Morro de Santo Antônio, e foi origem da futura rua da Carioca.
Com a drenagem após principalmente a metade do século XVIII, o terreno, apesar de bastante desvalorizado, começou enfim a ser ocupado. Poucos queriam morar naquelas paragens, onde abundavam mosquitos nas águas estagnadas. Considerada como uma extensão do Campo de São Domingos, que era como se chamou durante muito tempo a região acima da Vala (rua Uruguaiana), a definição da praça como um rossio — uma área de utilização pública — e de seus contornos, aconteceu desde 1791, processo que levou ao que hoje conhecemos.

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A magnífica estátua equestre de D.Pedro I no centro da Praça Tiradentes, inaugurada
em 1862 por D.Pedro II, em foto de H. Klumb.



O local, que teve vários nomes, como Campo da Polé, Campo dos Ciganos, Praça da Constituição, e, em 1890, Praça Tiradentes, foi durante muito tempo só um campo aberto, sem nenhum ajardinamento ou adorno. Sua melhoria e transformação em espaço de lazer ocorreu a partir do final da década de 1850, e, nesse sentido, em 1855, seguindo a proposta de Haddock Lobo, a Câmara Municipal decidiu erguer no local uma estátua equestre de D. Pedro I, coroando a reforma.
A estátua teve custo altíssimo, de 335 contos de réis, dos quais 256 de subscrição pública. O projeto foi elaborado por João Mafra, e o molde enviado a Paris onde foi fundido por Louis Rochet. A obra foi motivo de muitas polêmicas: para aqueles ainda ressentidos com os desmandos autoritários do monarca, que culminaram em sua abdicação, a homenagem era descabida, e para outros preocupados com o lado artístico, foi considerado um insulto ao talento nacional as alterações introduzidas pelo escultor francês. Além disso, aconteceu um erro na construção do pedestal da estátua, pois este deveria ter 10 metros de altura, mas que pela confusão entre as unidades de medidas adotadas (metros x pés) ficou com 3,30 metros de altura.
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Praça Tiradentes do início do século passado, com a estátua dominando o
espaço do qual se tornou o principal símbolo.



Seja como for, a estátua, inaugurada em 30 de janeiro de 1862 pelo Imperador D.Pedro II, é a mais imponente de todas da cidade, uma obra que marcou aquele espaço e que é desde então a principal referência em uma região de grande significação histórica.

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