Ministério Público abre inquérito para
investigar venda de quartel-general da PM
Terreno de 13.500 m² no centro do Rio foi vendido por R$ 336 milhões
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro abriu inquérito civil, nesta terça-feira (22), para apurar a legalidade da venda do quartel-general da Polícia Militar à Petrobras. O terreno de 13.500 m², localizado na rua Evaristo da Veiga, no centro do Rio, custou R$ 336 milhões.
A Petrobras solicitou à Emop (Empresa de Obras Públicas) que faça ainda um orçamento da demolição do prédio do QG para que o local seja entregue sem a construção. O valor também será repassado ao Estado.
Segundo o governo, todos os recursos obtidos com a venda do terreno e a demolição do prédio serão aplicados na área de Segurança Pública do Estado.
Em relação ao inquérito, a assessoria da Petrobras afirmou que a empresa não irá se posicionar sobre o assunto, pois não teve acesso às informações.
Fim do aquartelamento
A venda do terreno do QG da Polícia Militar inicia, na prática, o conceito de polícia ostensiva, nas ruas, sem o aquartelamento nos batalhões.
A ideia é substituir os prédios de QGs e batalhões por sedes administrativas menores.
A sede administrativa do QG passará a ser, futuramente, em parte do local onde é a do BPChoque, na rua Salvador de Sá, no Estácio, zona norte, que deverá permanecer na área.
Os próximos terrenos de batalhões a serem vendidos deverão ser os de Botafogo (2º BPM) e da Tijuca (6º BPM).
Assista ao vídeo:
Um comentário:
Todos os comentários acerca da venda do QG da PMERJ se voltam para os escândalos administrativos do Sr. Governador. Porém, por trás desses desvarios, há uma causa política: o Rio de Janeiro será a cobaia para as transformações nacionais que advirão com a suposta "modernização da PM". Existe, certamente, uma vontade política de transformação nacional da estrutura policial, onde as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares darão vez a uma estrutura anarquista, nos moldes da estrutura policial norte-americana, com uma diferença: a de lá funciona como polícia atuante; aqui será apenas um instrumento para cobrir os desmandos e falcatruas da classe mais corrupta do nosso país: a dos políticos.
Tobias
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